As Fake News e o risco para a saúde
É notório como as tecnologias da comunicação avançaram e facilitaram o diálogo entre as pessoas. Falamos rapidamente com o outro lado do mundo em questão de segundos. Porém nem todo desenvolvimento foi capaz de filtrar o que comparo ao desenvolvimento de um “tumor”: as fake news.
Da mesma forma que o tumor se inicia pequeno e silenciosamente pode ir se espalhando e adoecendo o organismo inteiro, as fake news começam com pequenos boatos, brincadeiras de má-fé, notícias plantadas por interesses pessoais e por questão de dias se espalham como metástases de um tumor…
Como consequências temos um adoecimento da nossa sociedade!
Principalmente quando são fake news ligadas à saúde: Elas causam pânico, paralisam as pessoas, impedem que ações de prevenção e promoção à saúde sejam executadas efetivamente e geram muitas dúvidas quanto a eficácia das mesmas. Vivenciamos isso nitidamente com as fake news relacionadas a vacinação e o retorno de doenças imunopreviníveis que já haviam sido erradicadas, como o sarampo.
Vivenciamos atualmente o enfrentamento de uma pandemia de COVID19. Vemos “especialistas” de redes sociais compartilharem de forma “anônima” informações que nada tem a ver com a verdade. E como na dúvida, a maioria das pessoas preferem compartilhar tais informações, elas acabam virando “verdades”.
E qual é portanto o tratamento ou remédio para este “tumor”? Acredito que as pessoas precisam checar a veracidade das informações antes de viralizarem qualquer conteúdo que gere dúvidas.
A melhor forma de se manter informado sem correr o risco de espalhar mesmo que sem querer uma notícia falsa é consultar fontes oficiais. Sites da Organização Mundial da Saúde (OMS) do Ministério da Saúde, das secretarias estaduais e das prefeituras sempre estarão divulgando corretamente dados e notícias que auxiliarão as pessoas a se comportarem de maneira mais segura diante de qualquer situação.
Vale um esforço global para que juntos possamos evitar espalhar notícias que em nada contribuirão para a manutenção da saúde de todos nós.
Raquel Lage Brito – Referência Técnica de Epidemiologia