Há mais de cem anos o Quilombo do Pimentel resiste ao tempo na cidade de Pedro Leopoldo. No início da República Velha estima-se que a população era de três mil negros. Pequenas lavouras é a principal atividade das famílias que ali resistem.
As terras do quilombo foram doadas por fazendeiros aos escravos alforriados pela Lei Áurea. Paulo de Paula Nascimento foi um dos escravos que chegaram de Angola para iniciar as atividades na Fazenda e junto com aproximadamente outros 09 escravos receberam as terras como doação. Segundo Marcelo Evaristo, bisneto do Sr Paulo, os antigos contam que a expressão “Pimentel” se origina da palavra pimenta, pois os moradores eram conhecidos como sendo bravos como pimentas.
No local havia uma igrejinha (construção que resiste até hoje) e um armazém. Antigamente a estrada ligava a região sul do Urubu ao bairro de Santo Antônio da Barra.
Em 07 de março de 2010 o quilombo foi certificado pela Fundação Palmares – instituição pública voltada para promoção e preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.
A comunidade do Quilombo do Pimentel revela a importância do povo negro para a construção da história do município de Pedro Leopoldo.