Relatório da prefeitura aponta mais de cem pontos de afundamento asfáltico ocasionados por obras da Copasa
Quem anda por Pedro Leopoldo com o olhar atento já reparou que grande parte das ruas da cidade apresentam desníveis no asfalto. Dor de cabeça para motoristas e também para pedestres. Um dos problemas mais frequentes observados na pavimentação do município diz respeito aos afundamentos originários do acabamento das obras de rede de esgoto promovidas pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
Atenta ao problema, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos vem desenvolvendo, desde o início do ano, um levantamento para identificar os principais afundamentos, com o intuito de solicitar à Copasa que os trechos sejam refeitos e o procedimento correto passe a ser adotado pela empresa para evitar novos afundamentos.
Com a conclusão do estudo, o Gerente de Obras da Prefeitura de Pedro Leopoldo, Renan de Paulo, entregou na última segunda-feira (10) uma cópia do relatório para o conhecimento dos vereadores Sargento Aziz, Alex Fabiano e Toninho da Distribuidora, integrantes da Comissão Especial de Assuntos Relacionados à Copasa.
O documento apresenta um detalhado ensaio fotográfico, que revela as condições dos logradouros em diferentes pontos da cidade. De acordo com o levantamento, são 102 os pontos críticos, em 23 ruas do município, que requerem rápida intervenção da Copasa. Os bairros Santo Antônio, Centro e a região de Lagoa de Santo Antônio são os que apresentam maior número de grandes afundamentos.
Para Renan, os desníveis oferecem risco real aos motoristas. “Em alguns pontos, há diferenças de nível de cerca de 30 centímetros, o que coloca em risco a segurança de quem transita nas vias e causa prejuízos, já que esses desníveis causam dano no chassi dos carros”, conta.
De acordo com o Secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos, Gustavo Costa, a Prefeitura não pode intervir nos locais por meio de operação tapa-buracos. “Os afundamentos são problemas que estão relacionados à rede de esgoto. Não podemos intervir, pois não são obras desenvolvidas pelo município. Corremos o risco, inclusive, de causar dano nas redes. O procedimento recomendado foi feito. Fizemos esse levantamento, que será encaminhado também à Copasa”, explica.
O levantamento elaborado pelo Obras traz ainda uma estimativa de gastos para que a empresa reconstrua o asfaltamento nas áreas de afundamento e apresenta as técnicas apropriadas para a execução da obra. O documento será entregue à Copasa pelo Prefeito Cristiano Marião, quem solicitou o levantamento.
“Ando atento, percebendo o que pode ser melhorado na cidade. Esses afundamentos sempre me incomodaram muito. Além de danificar e tornar as ruas feias, eles podem causar acidentes e prejuízo. Então solicitei esse levantamento. Entraremos agora em contato com a Copasa para, por meio do diálogo, apresentar essa demanda. Já temos muitos problemas. Temos que delimitar as responsabilidades para que cada um arque com a que deve”, enfatiza Marião.