Prefeitos do vetor Norte e servidores da educação manifestam na ALMG
O Prefeito Cristiano Marião se uniu a prefeitos do vetor Norte, servidores públicos municipais, sobretudo da Educação, e deputados para reivindicar os repasses retidos pelo governo do estado. A manifestação aconteceu na manhã desta terça-feira (27), na Assembleia Legislativa, e reuniu mais de 500 pessoas.
De acordo com levantamento da Associação Mineira dos Municípios (AMM), o passivo do estado com as cidades mineiras chegou a R$10,4 bilhões. Segundo a AMM, 30% dos municípios mineiros já decretou estado de calamidade financeira. Pedro Leopoldo continua a manter os pagamentos em dia devido às medidas de contenção de gasto tomadas desde o início de 2017.
“Resta pouco mais de um mês para o fim do mandato do governador Fernando Pimentel, mas a responsabilidade dele nesse triste momento da história de Minas vai ficar gravada. Ele vai sair, mas nós continuaremos a cobrar da Justiça que aplique sobre ele a responsabilidade pelo crime que está cometendo”, desabafou Marião em seu discurso.
A dívida do estado com Pedro Leopoldo passou dos R$17,5 milhões. Deste montante, o estado deixou de repassar R$7.142.528,59 ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), que é utilizado para pagar os profissionais da Educação.
Os prefeitos prometem não baixar a guarda. Já estão organizadas manifestações na Cidade Administrativa e em frente ao Palácio da Liberdade. Um documento solicitando a não aprovação da Lei que “institucionaliza” o calote do estado será protocolado em todos os gabinetes da Assembleia em dezembro. A comissão de prefeitos contará com a presença de servidor da Educação de cada cidade representada.
“Não vamos abrir mão desses recursos que são importantes e fazem muita falta para os municípios. As nossas cidade não podem pagar o preço pela irresponsabilidade do governo”, disse a Prefeita de Vespasiano, Ilce Rocha.