Prefeitura de PL decreta início do ano letivo para 14 de fevereiro
A data do retorno foi estabelecida também por Belo Horizonte e outros municípios e tem como base os dados do maior pico da Covid desde o início da pandemia
Após reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, a Prefeitura de Pedro Leopoldo publicou nesta segunda-feira, 31 de janeiro, o Decreto 2154, que definiu o início do ano letivo para o dia 14 de fevereiro para todas as escolas da cidade, incluindo as da rede privada. A ideia é dar tempo para que as crianças com idade permitida para tomar a vacina contra a Covid-19 sejam imunizadas, além de aguardar que se concretize a previsão de queda do quantitativo de casos, tendo em vista o considerável aumento destes números em janeiro.
Comparando dezembro de 2021 com janeiro de 2022, houve um aumento de 4.424% dos casos. Apenas no mês de Janeiro de 2022, Pedro Leopoldo registrou 1493 casos da doença, o maior pico já registrado no município, dobrando o antigo recorde, quando foram registrados 729 casos, em janeiro de 2021.
Rachel Lage, Epidemiologista do Município, afirma que a medida foi totalmente coerente, tendo em vista que o pico atual poderia trazer problemas para o funcionamento das escolas, que poderiam, inclusive, serem fechadas por possíveis surtos dentro das instituições. “Primeiramente é importante lembrar que estamos tendo uma explosão de casos jamais vista, mas que, em função da vacinação, não temos óbitos acompanhando esta explosão. Além disso, há uma previsão que, em sendo este o pico, a tendência seja de diminuição dos casos nos próximos dias. Ou seja, por esses dois motivos, avançar na vacinação de crianças e a possibilidade de queda do grande número de casos atuais, a decisão foi sensata pois a volta será em um ambiente mais seguro para todos”, avaliou.
Liliane Diniz, mãe dos alunos Humberto Diniz Leal e Valentina Diniz Leal, ambos da Escola Municipal José Pedro Filho, concorda com o adiamento. “Este decreto é necessário para prevenção e proteção não só das crianças, mas de nós familiares e dos funcionários das instituições. O adiamento é uma medida correta, visando garantir um número maior de crianças imunizadas e assim poderemos retornar com segurança” , corroborou.
Luciana Karla de Lima, mãe de Lucas Eduardo Lima, aluno do SESI Pedro Leopoldo, também considerou a medida prudente. “Adiar a volta foi uma medida correta, já que os casos na cidade e no país estão altos demais. Acredito que com mais tempo os casos irão amenizar e as aulas voltarão com mais segurança”, avaliou.
O novo decreto estabelece que no dia 14 de fevereiro as atividades retornarão de forma 100% presencial, de acordo com o protocolo de volta às aulas. Nas proximidades da data ocorrerá uma nova reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 para analisar a situação de casos da doença e reavaliar o retorno.