Reunião na Prefeitura discute revitalização da lagoa do Bairro Lagoa de Santo Antônio

Na tarde do dia 31, quinta-feira, aconteceu no Auditório da Prefeitura de Pedro Leopoldo um encontro muito importante para a reestruturação do meio ambiente. Representantes do Instituto de Geociências da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, ONG Lagoa Viva, Recoa, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, Comitê Bacia do Rio das Velhas, Copasa, Legislativo Municipal, Projeto Manuelzão, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio e moradores da região norte realizaram uma reunião intersetorial para discutir o projeto de revitalização da lagoa, no bairro Lagoa de Santo Antônio.

A recuperação do espaço é resultado da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Copasa e o Ministério Público Federal, em decorrência de multa aplicada à Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais pelo vazamento de esgoto na lagoa. A denúncia acatada pelo MP foi feita em 2016 pela ONG Lagoa Viva e a Copasa ficou obrigada a arcar com as custas de um projeto que irá realizar um diagnóstico sobre o local.

O Prefeito Marião conduziu o encontro e destacou a importância de que todos os esforços sejam colocados em prática para que o projeto de fato seja concretizado. “A Lagoa é um espaço que tem um potencial enorme, tanto ambiental, como turístico e como espaço de convívio da sociedade. Por estar em uma unidade de conservação precisa de um cuidado maior para que o projeto seja desenvolvido dentro da legalidade e de forma a realizar o melhor pra região e para a comunidade. Muito valioso esse encontro e a participação de todos os atores para concretizar este importantíssimo projeto”, destacou Marião.

O Secretário de Meio Ambiente de Pedro Leopoldo, João Luiz Issa, lembrou que para trabalhar a recuperação do local é necessária a realização de vários estudos para se entender a dinâmica da lagoa. “Não há como fazer nada sem entender antes o que é a lagoa. A busca coletiva por este projeto passa primeiro, impreterivelmente, pela realização de estudos técnicos aprofundados, para que então possa ser elaborado o projeto conceitual com envolvimento da sociedade. Neste momento inicial as Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano irão auxiliar com levantamento de informações que já existem no nosso arquivo para que possa ser incluído nesses estudos”, informou.

Na reunião desta quinta-feira a Secretaria de Planejamento Urbano ficou de entregar toda documentação solicitada sobre os moradores que possuem terrenos no entorno da lagoa, além da abrangência da lagoa e suas características na época de cheia e seca.

O representante da Copasa no encontro, Sr. Rogério Sepúlveda, disse que em breve a proposta para os estudos será apresentada ao Ministério Público. “Os recursos para as primeiras fases deste projeto estão assegurados. Realizamos algumas visitas técnicas e enviaremos ao MP a proposta que tem como base as orientações do ICMBio, para que se possa transformar os sonhos daqueles moradores em projeto executado, seguindo as regras ambientais. O prazo para fecharmos a proposta é o dia 10 de dezembro e existe a possibilidade de ampliação dos recursos”, informou.

Após a conclusão dos estudos e análise dos mesmos, a comunidade será convidada a participar do processo e explanar seus principiais anseios. O projeto conceitual será então confeccionado e deverá ser realizado.

A próxima reunião dos atores envolvidos ficou agendada para o dia 26 de novembro e o objetivo é apresentar o resultado final das reuniões entre os órgãos para que as demandas sejam então encaminhadas para o Ministério Público.